
Todo o seu enredo, de grande cariz político - ao contrário dos seus antecessores - leva-nos a um período histórico anterior ao dos restantes Robin, antes dos bosques, antes de se ter tornado o herói perseguido de que reza a história. Por momentos, como já me tinha sucedido com o último Sherlock Holmes, achei que se o filme tivesse outro nome que não o da famosa personagem, poderia ser um filme bastante bom - que é - expondo-se à maior parte das críticas dirigidas. Russell pode não ser tão expressivo como Costner, nem tão apaixonado como Flynn, mas é um dos actores mais competentes do actual panorama cinematográfico e a sua dupla com a sempre excelente Cate Blanchet funciona, sem precisar de outros artifícios mais apimentados. Da mesma forma que cenas tão inverosímeis como os cavalos a abrirem com as suas patas os portões de um forte, de uma Lady Maryam que se mete em cima de um cavalo e irrompe pela batalha qual padeira de Aljubarrota, mas aqui derrubando inúmeros soldados franceses, não são menos credíveis do que as cenas que vimos no Transporter ou em tantos outros filmes de aventuras, porque é isso que importa num filme de aventuras, o entretenimento e isso, como no Gladiador, Ridley Scott consegue-o, com boas cenas de batalha, grandes cenários e um naipe de actores excelente.
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