Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

FELIZ 2014

Não é que o ano de 2013 tenha sido muito mau para mim - exceptuando a crise e todas as roubalheiras inconstitucionais de que não apenas eu, mas todos nós temos sido alvos - mas a verdade é que a vida é uma estrada de sentido único em que parar é ficar irremediávelmente ultrapassado. Sigamos pois em frente, na vida, nos sonhos, na interminável luta pela felicidade, de partilhas diárias, de pequenas mas significativas conquistas que nunca devem ser deixadas para um amanhã tantas vezes apenas imaginado. Sonhem como se fossem viver para sempre, vivam como se morressem amanhã, disse James Dean num iluminado momento da sua curta existência ou, por outras palavras, mais vale um ano feliz, intenso do que uma vida longa com a felicidade a duodécimos, emocionalmente controlada, despida de vida vivida, plena de sonhos que ficam irremediavelmente por concretizar num porvir que nunca mais chega ou chega tarde. A época é de desejos pessoais ou não, de consumo ou não, feitos daquela massa tantas vezes repetida de amor, riqueza e saúde das quais não sou excepção. Não precisamos de muito para sermos felizes - que se pode oferecer a quem tem quase tudo? Quero tudo isso, para mim e para os meus, quero um trabalho estável com um ordenado que não diminua de mês a mês, quero tempo para ser e fazer os meus mais felizes, tempo para amar - ainda mais -, e dinheiro - o suficiente - para que não só eu como os meus, familiares e amigos, todos no geral possamos ter um ano muito melhor do que 2013. Não me fico por aqui no que aos desejos diz respeito, quero emagrecer, ver o Sporting campeão, ver mais filmes do que vi este ano e outros - daqueles que temos receio de pronunciar em voz alta com medo que não se concretizem, e que não são menos prioritários do que os outros. E como o novo ano se aproxima a passos largos, indiferente às minhas extensas divagações termino desejando um bom e feliz ano de 2014 ou como diria um velho e saudoso jornalista: Façam o favor de ser felizes.

sábado, 28 de dezembro de 2013

CITY HUNTER

E pronto! Ponto final no trajecto insaciável pelos 20 episódios de mais esta série de qualidade produzida pela Coreia do Sul com Lee Min Ho, Park Min Young, Lee Joon Hyuk e Kim Sang Joong nos principais papéis desta trama que se desenrola após mais um conflito entre as duas coreias que resulta na morte de vários agentes sul-coreanos às mãos dos seus compatriotas, devido a interesses do Estado. A vingança, meticulosamente preparada, sem pressas e aqui e além com alguns requintes de uma ironia cruel recai nas mãos de Lee Yoon Sung, filho de uma das vítimas do massacre que, sob as indicações e o treino rigoroso do único sobrevivente do atentado cresce com o único propósito de levar a cabo a vingança sobre aqueles que trairam os seus "irmãos" coreanos. City Hunter é uma história de vingança, mas também sobre os bastidores do poder e toda a corrupção envolvente, além de uma história de amor proíbido entre Lee Yoon Sung e a agente Kim Na Na. Chegado ao fim, com uma sensação já outras vezes sentida de que nem sempre os finais destes doramas atingem as expectativas criadas ao longo da trama, resta a nostalgia e a dúvida sobre o dorama seguinte, capaz de suscitar pelo menos tanto interesse como o anterior. É esse o encantamento singular dos filmes e séries asiáticos.






O REGRESSO DE JOHN McCLANE

"Tente não entrar em nenhuma confusão", é o pedido condenado ao fracasso de Lucy, a filha da personagem de Willis, antes deste apanhar o avião para a Rússia, onde se desenrola este A Good Day to Die Hard e também a premissa para pouco mais de hora e meia de acção, muita acção. 


Neste mais recente filme da saga Die Hard, 25 anos depois de Assalto ao Arranha-Céus e seis anos passados após Viver ou Morrer, John McClane viaja para a Rússia para ajudar seu filho aparentemente rebelde, Jack, um agente da CIA trabalhando para evitar um roubo de armas nucleares, fazendo com que o pai e filho se unam contra as forças do submundo. O resto, sem querer abrir muito o véu é um rastro imenso de destruição, explosões e carros amassados, ou não estivesse Bruce Willis, aos 58 anos ainda na forma que o notabilizou como um dos grandes actores de acção dos últimos anos.
Nesta nova aventura dirigida pelo irlandês John Moore (aos 43 anos já dirigiu Max Payne e Atrás das Linhas do Inimigo), Bruce Willis contracena com Jai Courtney (o australiano que já vimos em Jack Reacher ou Spartacus) no papel de filho de John, a repetente Mary Elizabeth Winstead (Scott Pillgrim Contra o Mundo) como Lucy, a filha e o também alemão - como Bruce Willis - Sebastian Koch, celebrizado por As Vidas dos Outros e Sem Identidade. Destaque-se ainda a bonita presença da russa Yulia Snigir, mais uma personagem de uma lista interminável daqueles que tentam acabar com a vida do cowboy John McClane. Nunca é Um Bom Dia para Morrer mantém-se fiel à linha traçada desde o primeiro Die Hard e o resultado só poderia ser mais um excelente blockbuster capaz de proporcionar um bom entretenimento ao espectador.




domingo, 15 de dezembro de 2013

AS ESTRELAS NÃO MORREM

Lawrence da Arábia, aliás, Henrique II de Inglaterra, Lord Jim, Miguel de Cervantes, Robinson Crusué ou simplesmente Peter O'Toole, este camaleão e multifacetado actor irlandês faleceu ontem em Londres, aos 81 anos, vítima de doença prolongada. Recordista de nomeações para o Oscar, a verdade é que O'Toole nunca conseguiu vencer este prémio da Academia, sendo distinguido, no entanto com um Oscar honorário em 2003, pelo seu trabalho de uma carreira intensa. Sem ter sido um grande apreciador do seu estilo, apreciei bastante uma das suas últimas participações em Iron Road, em 2009 ou ainda Como Roubar um Milhão, ao lado de Audrey Hepburn. Longe de ser um actor consensual, a verdade é que O'Toole foi uma das grandes estrelas da história do cinema e como tal a sua memória nunca se apagará. O céu ganhou mais uma estrela, certamente.





domingo, 1 de dezembro de 2013

PAUL WALKER - UMA VIDA CHEIA




Soube da notícia hoje de manhã e nem queria acreditar. Paul Walker, o Brian O'Conner de Velocidade Furiosa tinha falecido ontem, como passageiro num acidente de carro, quando regressava de um evento de beneficiência da sua organização Reach Out Worldwide em Valencia, na Califórnia. Que ironia - pensei -, alguém que ficou famoso no cinema por conduzir a alta velocidade vir a morrer num acidente de carro. Por uma triste coincidência, nos últimos dias, andava a preparar um comentário sobre os mais recentes filmes deste californiano de 40 anos com ascendência irlandesas, inglesas e alemãs, comentários que irei postar muito brevemente num tempo mais oportuno.


 Nascido a 12 de Setembro de 1973, Paul começou desde cedo com pequenas aparições na televisão, quer em comerciais como em séries, mas a fama surgiu na verdade com Velocidade Furiosa ao lado de Vin Diesel, só não tendo participado num dos seis filmes da série, embora tenha actuado em outros filmes de relevo como Sociedade Secreta, Antárctida, Medo de Morte ou Profundo Azul, entre outros.


 Sem ser para mim um grande actor, Paul era bem mais do que uma cara bonita no ecrã. Pai de uma menina de 15 anos, Meadow, fruto da sua relação com a namorada Rebecca, este fã de Jacques Cousteau tinha outros hobbies como o surf, a praia, jiu-jitsu, carros e biologia marítima, uma das suas maiores paixões, tendo ainda estado no Chile e no Haiti em 2010 para acções de solidariedade devidos aos sismos aí verificados, além de ter participado num trabalho para a National Geographic numa reportagem que o levou a passar 11 dias na observação de sete grandes tubarões brancos. Actualmente, Paul Walker estava nos estúdios na gravação de dois novos projectos, Velocidade Furiosa 7 e Hitman, desconhecendo-se ainda as repercussões da sua morte nos mesmos. Definitiva apenas a morte, de um actor ainda jovem, de um homem que soube dar um significado à sua vida, sempre a grande velocidade, como ele gostava, mas também de forma intensa.