Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

PRÉMIOS PIPOCA AMARGA

O Prémio Pipoca Amarga desta semana vai para Nicolas Cage, que, curiosamente e por paradoxo é também um dos meus actores preferidos. Quem não se lembra de filmes como O Rochedo, A Outra Face, Arizona Junior, Morrer em Las Vegas ou Con Air só para citar alguns trabalhos memoráveis do sobrinho de Francis Ford Coppola. Infelizmente para a sétima arte e para o público cinéfilo, os grandes trabalhos de Cage são já uma recordação, pedaços de memórias vagueando entre o que parecem ser plásticas mal sucedidas ou um mau envelhecer e um sem número de papéis que nada vieram acrescentar ao seu currículo, que não se identificam com o actor que aprendi a admirar e que agora parece que aceita todo e qualquer filme, na maioria de segunda categoria. Daí dedicar a minha pipoca amarga desta semana ao Nicolas Cage actual, um mau actor, incapaz já de minimizar os danos causados à sua imagem por maus filmes, nao fazendo a diferença onde outros conseguem disfarçar a qualidade do filme com uma brilhante interpretação. Cage não chega já a esse patamar ou parece não querer sequer dar-se ao trabalho de nos reavivar a memória para os seus tempos dourados.

terça-feira, 5 de julho de 2016

O AMANTE: UM AMOR PROIBIDO

O Amante conta-nos a história de uma francesa nascida na Indochina, cuja família tem problemas económicos e que inicia uma relação proibida com um abastado chinês praticamente com o dobro da idade dela. Este filme de 1992, realizado por Jean-Jacques Annaud e protagonizado pela britânica Jane March e Tony Leung, catapultou o par deste drama erótico ao nível dos melhores do género para uma carreira de algum relevo, especialmente Tony Leung, tornando-o numa das principais referências do cinema asiático. Já a belíssima Jane March não se libertou de uma certa colagem ao estereotipo da mulher frágil e sensual da personagem de Annaud, como o comprovam A Cor da Noite e Tarzan and The Lost City. De qualquer das formas O Amante é, em minha opinião um filme intenso e imperdivel para quem gosta de cinema, com uma excelente fotografia e especialmente uma história de amor para ver com atenção a atenção que as grandes obras merecem. 





ATÉ JÁ, AGOSTINHO!

O "Agostinho", popular personagem criada por Camilo de Oliveira em que fazia parceria com Ivone Silva, já não está entre nós. O actor, com inumeros trabalhos na televisão, teatro e cinema faleceu no recente dia dois de Julho, vítima de cancro na próstata e intestinos. Camilo, cuja carreira se confunde especialmente nos últimos 20, 30 anos com o que de melhor se fez na comédia em Portugal, a par de nomes como Raul Solnado, Nicolau Breyner ou Herman José será sempre recordado pelo seu estilo e personalidade afáveis, pelo ar um pouco travesso e pelo seu profissionalismo que, gostasse-se ou não do homem e do artista, o guindou ao mesmo patamar que eles, onde só os imortais chegam. É assim a sua obra, será sempre assim Camilo, imortal na memória de todos quantos tiveram o privilégio de acompanhar o seu trabalho e a sua vida. Obrigado por tudo e nunca por nunca um adeus, mas um até já, ao homem que estará neste momento - onde quer que esteja - a fazer rir e a trazer boa disposição, porque Camilo é disso sinónimo, de boa disposição.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

LUZES, CÂMERA, ACÇÃO!

Para inaugurar este espaço das segundas-feiras dedicado a quem está do outro lado das câmeras, não o podia fazer sem escolher o sul-coreano Jae-young Kwak, responsável entre outros por My Sassy Girl, The Classic ou Sempre Ao Teu Lado, nomes que marcaram o boom do cinema asiático em geral e que está de regresso ao cinema após quase oito anos sem filmar. Nascido em 1959 Jae-Young Kwak mostrou ao ocidente que o cinema asiático não é apenas terror, presenteando-nos com clássicos que nos prendem ao ecrã, capazes de conjugar acção, drama, romance ou comédia no mesmo filme, criando personagens inesquecíveis, construindo sonhos, aliás, o grande propósito da sétima arte.

domingo, 3 de julho de 2016

CURIOSIDADES


 Sabia que... as gotas de água em Serenata à Chuva foram misturadas com leite para que aparecessem melhor no filme?

Sabia que... o sangue na inesquecível cena do chuveiro em Psico foi feito com chocolate líquido?

O ADEUS A UM BRUTO DOCE


Deixou-nos no passado dia 27 de Junho o actor italiano Bud Spencer, nome artistico de Carlo Pedersoli, vítima de uma pneumonia aos 86 anos. Voltar a ouvir falar de Bud Spencer avivou-me as mais remotas memórias da juventude, quando comecei pela primeira vez a ir ao cinema para assistir a quase todos os seus filmes, em que ele contracenava como único protagonista ou na famosa dupla com Terence Hill. Juntos entraram em mais de 20 filmes que marcaram a história não apenas do cinema como também a minha estreia nas salas de cinema da Incrível ou da Academia Almadense, onde nos intervalos bebia o saudoso pirolito. Ao reler um pouco sobre a carreira deste calmeirão, personagem dura e ao mesmo tempo doce que nos prendia ao ecrã, fiquei a saber que o início da sua carreira ficou marcado pela natação, onde chegou a participar nos jogos olímpicos de 1951 e 1956, sendo ainda campeão italiano de polo aquático pela lázio, antes de se dedicar à sétima arte. O adeus de um actor que enchia literalmente o ecrã, mas também um ídolo de várias gerações cuja memória perdura até hoje.

domingo, 19 de junho de 2016

MUSA DA SEMANA

Rachel Ward foi seguramente uma das actrizes mais belas que já vi actuar. De sorriso doce e aparência frágil, de olhar enigmático e sedutor, Rachel Ward marcou quem viu The Good Wife, Vidas em Jogo ou Pássaros Feridos ou After Dark, My Sweet. Esta inglesa nascida a 12 de Setembro de 1957 é casada com o actor australiano Bryan Brown com quem já contracenou mais do que uma vez.