Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.

domingo, 19 de junho de 2016

MUSA DA SEMANA

Rachel Ward foi seguramente uma das actrizes mais belas que já vi actuar. De sorriso doce e aparência frágil, de olhar enigmático e sedutor, Rachel Ward marcou quem viu The Good Wife, Vidas em Jogo ou Pássaros Feridos ou After Dark, My Sweet. Esta inglesa nascida a 12 de Setembro de 1957 é casada com o actor australiano Bryan Brown com quem já contracenou mais do que uma vez.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

SEM SAUDADES DE CROSSBONES

Terminei de ver Crossbones, série que devido às baixas audiências terá mesmo ficado pela primeira temporada. O que parecia no início ser prometedor, dado o leque de bons actores com John Malkovich no papel de Barba Negra logo à cabeça, e o meu gosto por histórias sobre piratas, foi-se desvanecendo episódio a episódio, prometendo mais do que cumpria, inexplicável, já que a história de alguns personagens a nível psicológico dava azo a mais do que uma laranja que depois de espremida resultou numas miseras e pouco significativas gotas de sumo. O último episódio é o espelho disso mesmo, inverosímel, confuso e a não deixar saudades, com a trama a avançar fruto da inspiração ou desinspiração do momento, a deixar várias pontas soltas pelo caminho. Afinal Barba Negra morreu?  O amor (?) entre Barba Negra e Selima que nega entregar-se ao pirata com fama de ser impiedoso é no mínimo surreal e a forma como a mesma se deixa matar - para quem passou a série a dar uma ideia de força, de ambiociosa, vivendo no meio de homens rudes e selvagens - pelo ex-amor de Edward Teach, prisioneira durante vários anos e louca que deveria ser inevitavelmente mais fraca que Selima. Por último, de quem era a cabeça cortada entregue aos ingleses no final? Cá entre nós, esperemos que a do autor da série, pensamos, ainda com a última pipoca entalada na garganta.

O DIREITO À CRÍTICA

Todas as críticas que aqui escrevo, boas ou más, não são verdades universais - quem sou eu - apenas reflectem uma opinião pessoal, por vezes provisória até, de quem escreve. A opinião sobre o cinema em particular, a arte em geral, música, pintura, não é uma ciência exacta, mas antes um direito de escolha, como sermos de um clube, de uma religião ou uma tendência sexual. Tudo isto depende por vezes dos meios em que vivemos, da família, de um momento ou sentimento que sem razão para isso não conseguimos explicar, apenas sentir. Nunca lerão aqui um comentário generalizado, o sentimento de uma maioria, a crítica dos ditos especialistas da matéria, até porque o meu conhecimento baseia-se tão só na forma como um filme, uma representação me toca ao coração. Afinal, não passo de um leigo, alguém que aprendeu a gostar de cinema e exprime a sua opinião por mais contraditória e absurda que aos outros pareça.

A VITÓRIA DE DI CAPRIO

A vida dá voltas e voltas e num segundo tudo muda, para o bem e para o mal, mudam-se as prioridades, aprendemos que a vida é muito mais difícil do que pensávamos, mas que a realidade, mesmo metendo medo, além de dor e sofrimento tem cores e sabores, sensações que vão muito além daquela que assistimos quando passamos os dias em frente à televisão ou computador. Não perdi - longe disso - o gosto pelo cinema ou pela escrita, mas os dias são sempre demasiado curtos para as pessoas ocupadas em viver. Prometi dar a minha opinião sobre os Oscares e aqui estou para cumprir a minha promessa, não como uma obrigação, um fardo, mas com o prazer de quem retoma um lazer antigo, ainda que de forma breve, dado já todos saberem o que se passou no último 28 de Fevereiro. A grande novidade - e foram duas - é a de que Leonardo de Caprio não é já apenas e só o menino bonito de Titanic e que finalmente levou para casa a principal estatueta no que aos actores diz respeito. Poder-se-à duvidar da justiça da decisão, mas a verdade é que antes do famoso naufrágio já Leonardo merecia ter sido pelo menos nomeado nos seus verdes anos, aquando de Gilbert Grape, desconhecido para muitos. Quanto ao resto foi uma vez mais uma cerimónia de causas a começar com o vencedor para melhor filme, Spotlight, um filme sobre um grupo de jornalistas que investiga casos de abusos de crianças por parte de padres católicos. Ainda sobre causas, voltou a falar-se da ausência de nomeados e galardoados de cor, um tema que se repete e que mereceu da parte do comediante Chris Rock, o apresentador da 88ª edição da festa do cinema algumas piadas de teor racista, como se houvesse a obrigatoriedade de nomear actores negros, independentemente das suas prestações. Sobre o tema tenho algumas opiniões pessoais que não se alteraram desde o ano passado. Uma nomeação deste tipo é quase sempre discutível, pois depende de preferências que não são iguais para muitos de nós, existem desde sempre grandes actores de cor que talvez nunca cheguem a ganhar um Oscar mas ter de haver um negro entre os vencedores ou determinado número de mulheres num parlamento ou empresa por ser politicamente correcto, isso já considero discriminatório e racista. De resto, o melhor realizador foi Alejandro González iñarrito com O Renascido, Brie Larson (The Room) a melhor actriz e como actores secundários venceram Mark Rylance e Alicia Vikander. O Renascido acabou mesmo assim por ter uma noite desastrosa vencendo apenas 3 das 12 categorias para que estava nomeado, enquanto que Mad Max: estrada da fúria venceu 10 estatuetas. Para terminar, a segunda grande novidade da noite foi sabermos que Lady Gaga foi vítma de abusos sexuais, uma novidade, uma praga já antiga mas infelizmente muito actual ainda na nossa sociedade.