Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.
sexta-feira, 3 de junho de 2016
SEM SAUDADES DE CROSSBONES
Terminei de ver Crossbones, série que devido às baixas audiências terá mesmo ficado pela primeira temporada. O que parecia no início ser prometedor, dado o leque de bons actores com John Malkovich no papel de Barba Negra logo à cabeça, e o meu gosto por histórias sobre piratas, foi-se desvanecendo episódio a episódio, prometendo mais do que cumpria, inexplicável, já que a história de alguns personagens a nível psicológico dava azo a mais do que uma laranja que depois de espremida resultou numas miseras e pouco significativas gotas de sumo. O último episódio é o espelho disso mesmo, inverosímel, confuso e a não deixar saudades, com a trama a avançar fruto da inspiração ou desinspiração do momento, a deixar várias pontas soltas pelo caminho. Afinal Barba Negra morreu? O amor (?) entre Barba Negra e Selima que nega entregar-se ao pirata com fama de ser impiedoso é no mínimo surreal e a forma como a mesma se deixa matar - para quem passou a série a dar uma ideia de força, de ambiociosa, vivendo no meio de homens rudes e selvagens - pelo ex-amor de Edward Teach, prisioneira durante vários anos e louca que deveria ser inevitavelmente mais fraca que Selima. Por último, de quem era a cabeça cortada entregue aos ingleses no final? Cá entre nós, esperemos que a do autor da série, pensamos, ainda com a última pipoca entalada na garganta.
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