Nunca
tive aquele chamado sexto sentido em relação ao cinema, apesar de ser
viciado em filmes. Aqueles que geralmente venho a gostar mais ficam por
vezes semanas, meses, nos clubes de vídeo ou mesmo em casa, na ideia de
que até nem serão grande coisa e que há sempre algum filme melhor para
ver. Não é a primeira vez que acontece, não será a última. Aconteceu
isso com "A Princesa e o Sapo", foi preciso que alguém visse o filme e me
dissesse o que eu estava a perder para arriscar. Afinal, tinha-me
enganado. Longe de ser mais uma versão estereotipada dum clássico
intemporal, "A Princesa e o Sapo" consegue ser original, divertido e
romântico, com um leque de personagens muito bem construídos que nos
fazem pensar, contrapondo a riqueza ou o aspecto exteriores com aquilo
que realmente és. Porque não é apenas no mundo virtual que continuam a
existir sapos - imensos - há espera de princesas e de beijos daqueles de
cinema, e princesas que ainda esperam por príncipes, o filme dá-nos uma
lição importante, de vida, de fé. Não importam as nossas aparências, a
fortuna, a roupa, o carro à porta, o telemóvel topo de gama, mas sim os
sentimentos. Eu sei que Fevereiro ainda nem vai a meio, mas este é até
agora o melhor filme que eu já vi este ano e que aconselho vivamente.
Talvez os mais pequenos até o achem chato, lamechas, com momentos
musicais a mais e violência a menos. Até por isso eu gostei. Vale a pena
conferir.
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