Larry Hagman, o eterno JR Ewing da série Dallas faleceu esta sexta-feira, vítima de cancro. O actor, de 81 anos, encontrava-se a gravar a segunda temporada do remake da série que o catapultou para a fama, depois de ter estado retirado durante alguns anos para cuidar da sua esposa, com problemas de alzheimer.
Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.
sábado, 24 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
CINEMA ASIÁTICO
Testemunhos de Miguel Teixeira (“O Lado B da Vida”)
O
convidado desta semana é Miguel Teixeira, o administrador do blogue “O
Lado B da Vida” (carregar na imagem supra para aceder), um espaço de
reflexão pessoal que nos dizeres do próprio entrevistado se inspira na
dualidade da nossa existência e das experiências que vivemos. “Porque na
vida nem tudo é branco ou preto, bom ou mau, verdade ou mentira. Porque
a vida não tem necessariamente de ser aquilo que parece (…) – Miguel
Teixeira dixit. O Miguel é um apreciador de cinema asiático,
principalmente do drama sul-coreano, e tem sido uma presença assídua e
bem-vinda no “My Asian Movies”. Aproveitem e visitem “O Lado B da Vida”,
pois possui uma variedade de assuntos muito interessante, entre os
quais, o cinema.
Abaixo fica o resultado da entrevista.
“M.A.M.”: O que achas que distingue genericamente a cinematografia oriental das demais?
Miguel Teixeira : Basicamente
uma extrapolação dos sentimentos levados quase ao limite, tanto no
drama como na comédia e alguma pureza por vezes inocente e infantil que
raramente encontramos nos blockbusters ocidentais.
“M.A.M.”: O que te fascina mais neste tipo de cinema?
M.T. : Tudo
o que mencionei na resposta anterior, como se ainda fosse possível
assistir a bom cinema ainda não corrompido pelos grandes interesses
comerciais, mais preocupados com receitas de bilheteira ou com o
egocentrismo pseudo-intelectual de certos realizadores. Não se entende o
cinema asiático, sente-se.
“M.A.M.”: Tens ideia de qual o primeiro filme oriental que visionaste?
M.T. : O “Tigre e o Dragão” e “Herói”,
que foram aliás os precursores de uma maior aposta por parte das
distribuidoras em relação ao cinema oriental. Aliás, odiei esse primeiro
contacto. Felizmente fui perseverante, mas o mercado nacional ainda
continua a apostar muito nesse género de filmes, quando há muito e
excelente cinema de géneros distintos, que infelizmente não chegam ainda
ao grande público.
“M.A.M.”: Qual o país que achas, regra geral, põe cá para fora as melhores obras? No fundo, a tua cinematografia oriental favorita?
M.T. : A
da Coreia do Sul, talvez por terem sido daí os primeiros filmes que me
envolveram sobremaneira, embora tenha começado há pouco a descobrir e a
apreciar filmes de outras nacionalidades como o Japão e mesmo Taiwan ou a
Índia, musicais à parte.
“M.A.M.”: E já agora, qual o género com o qual te identificas mais? És mais virado (a) para o drama, épico, wuxia, “Gun-fu”...
M.T. : Alguma
comédia mas sobretudo drama e romance. A maior parte dos filmes
asiáticos consegue mesclar na perfeição esses três géneros passando de
um para o outro e com igual intensidade, quase sem darmos por isso.
“M.A.M.”: Uma tentativa de top 5 de filmes asiáticos?
M.T. : Já sei que vou ser injusto para com alguns dos meus favoritos, mas assim à cabeça diria: "A Moment to Remember", "Polícia em Fúria", "Windstruck", "Love Me Not" e "A Millionaire's First Love", entre tantos outros.
“M.A.M.”: Realizador asiático preferido?
M.T. : Kwak Jae-Yong.
“M.A.M.”: Já agora, actor e actriz?
M.T. : Jackie
Chan, entre os actores, e uma escolha difícil entre elas, com Vicki
Zhao Wei, Jeon Ji-Hyeon ou Moon Geun-Young, com uma ligeiríssima
vantagem para a primeira.
“M.A.M.”: Um filme oriental sobrevalorizado e outro subvalorizado?
M.T. : Sobrevalorizado
e segundo uma opinião muito pessoal "O Tigre e o Dragão", apesar de ter
recuperado de certa forma o cinema oriental aos olhos do ocidente. Já
subvalorizado é complicado dizer, já que boa parte dos meus preferidos
nunca teve edição em Portugal. Talvez "A Moment To Remember".
“M.A.M.”: A difusão do cinema oriental está bem no teu país, ou ainda há muito para fazer?
M.T. : Há
muito por fazer, porque a maior parte das pessoas ainda identifica o
cinema oriental com o género wuxia ou o de terror, o que obviamente
limita o número de apreciadores. Devia haver uma maior aposta, assim
como no cinema brasileiro. No entanto, é de louvar algumas pedradas no
charco como o lançamento do excelente “Windstruck” (“Sempre ao Teu
Lado”, na versão nacional).
“M.A.M.”: Que conselho darias a quem tem curiosidade em conhecer o cinema oriental, mas sente-se algo reticente?
M.T. : Arriscar e ser perseverante. Eu não me arrependi.
entrevista dada por mim ao blog My Asian Movies, um dos grandes responsáveis pela divulgação do cinema asiático em Portugal, a 3 de Março de 2010.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
MARCOS PAULO - UM GALÃ MADURO
Faleceu este domingo o actor brasileiro Marcos Paulo, de 61 anos, vítima de uma embolia pulmonar. Conhecido pela sua participação em várias telenovelas (Gabriela, Casarão, Roque Santeiro, Sinhá Moça, Tieta e Páginas da Vida, entre muitas outras), e filmes, como actor e também como director. Marcos Paulo, foi casado por cinco vezes (Renata Sorrah e Flávia Alessandra foram suas esposas) e deixa viúva e três filhas. Baixou o pano para um actor que deixou sempre uma imagem de sobriedade e competência no meio cinematográfico brasileiro.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
HIT & MISS
Estão já vistos os dois primeiros episódios (de seis) da primeira temporada de Hit & Miss, série britânica que traz de volta aos ecrãs a americana Chloe Sevigny, 17 anos depois de Kids e mais recentemente de Os Rapazes Não Choram ou Zodíaco. E como está diferente a rapariga, não só mais crescida, mas também... adiante!, pormenores.
Ryan, eu sou o teu pai! |
Criada por Paul Abott, esta série retrata a vida de Mia, uma transsexual que ganha a vida como assassina, de forma a angariar uma quantia suficiente para uma operação de mudança de sexo. O seu plano parece bem seguro, até ao dia em que recebe uma carta de uma ex-namorada que está a morrer com cancro e onde é revelado que Mia, enquanto homem, a engravidou, onze anos atrás.
Isto não é uma arma. |
O surgimento inesperado de um filho vai levar a uma radical mudança de planos que poderá pôr em causa o futuro e a própria segurança de Mia, mas que lhe poderá trazer novas opções e sentidos para um caminho que já estava minuciosamente traçado.
Sem deslumbrar, mas a merecer novas oportunidades.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
MORRER POR AMOR?
MORRER POR AMOR?
"A
Millionaire's First Love" é o título de um drama sul-coreano, daqueles
que deixam os nossos olhos marejados de lágrimas rebeldes, por mais
insensíveis que queiramos parecer. É a típica história do rapaz rico e
da rapariga pobre, que a princípio parecem não encaixar mas que acabam
inevitavelmente por se apaixonarem. Como é previsível neste tipo de
filmes, o final feliz encalha sempre num "mas", cujo fundamento costuma
ser o de fazer o filme render durante hora e meia a duas horas.
Geralmente esse "mas" é um terceiro elemento, o terceiro vértice de um
triângulo amoroso.
Não nesta história. Quando tudo parecia ter tudo para
dar certo, descobrimos que a rapariga doce e frágil sofre de uma doença
incurável e que as emoções fortes, como amar, podem apressar o seu
trágico destino. É aqui que eu quero chegar, apesar do filme valer por
muito mais do que apenas isto. Quanto vale a vida? Quanto vale um grande
amor? Deveria o rapaz apostar tudo no sentimento que, unindo-os, iria
acabar irremediavelmente por separá-los precocemente? Com que direito?
Deverá o amor ser tão egoísta, ao ponto de se sobrepor à própria vida? E
de que vale a vida se tivermos de abdicar dos sentimentos? Na ficção
como na realidade, são muitos os casos de quem sacrifica a sua vida por
amor, de quem abdica da sua felicidade em troca da felicidade da pessoa
amada, mas será essa extrema demonstração de altruísmo ainda válida nos
dias de hoje?
Morrer por amor, como se não houvesse nada mais importante
na vida. E matar? Será sensato ou sequer legítimo - e já não falo das
mortes por ciúmes ou apenas baseadas em leves suspeitas - amar, mas amar
de tal forma intensa, mesmo sabendo que, como no caso do filme, esse
amor irá abreviar a vida de quem amamos mais do que a nós mesmos? Quanto
vale a vida? Quanto vale o amor? Ficar ou partir, matar ou morrer (por
não poder amar). Muito mais conhecido do que este filme é "A Walk To
Remeber", baseado no romance de Nicholas Sparks, onde a filha do pastor
de uma pequena cidade ajuda o protagonista a ensaiar para uma peça, na
condição de que ele não se apaixone por ela, que sofre de leucemia e
que, acaba numa corrida contra o tempo, de modo a conseguir concretizar
todos os sonhos dela antes de morrer. Será amar então mais importante do
que - não diria viver, mas antes sobreviver? Francisco Moita Flores
disse o seguinte: "...a morte é a ausência do beijo, do abraço, do
toque, do cheiro de uma pessoa...".
E eu assino por baixo. De que vale uma vida longa se o amor nos for negado?
(extraído de A-voz-das-palavras.blogspot.pt)
A GRANDE FAMÍLIA VIRTUAL
Poucas
vezes expressões como "todos os caminhos vão dar a Roma" ou "como o
mundo é pequeno" fizeram tanto sentido como quando aplicadas ao
vastíssimo e ilimitado mundo da net. Parece à primeira vista um
contra-senso, mas não será tão estranho assim. Quantas vezes já não
entraram num outro blogue e constataram que conhecem a maior parte
daqueles que o seguem e/ou que o comentam? Não ficaram já com aquela
sensação de que, no fundo - por maior que seja a distância que nos
separa - somos todos uma família? Numa época em que o indivíduo cada vez
mais tende a isolar-se dos outros numa procura de protagonismo tantas
vezes estéril ou a padecer de um dos grandes flagelos deste século - a
solidão -, há uma maior apetência para se refugiar nas realidades
virtuais e a construir aí o seu círculo de amizades, o ombro amigo e
confidente nas pessoas que pouco ou mal conhece, como se essa
particularidade o protegesse das armadilhas da vida real. As pessoas têm
hoje muito medo da realidade, com a crise económica e de valores a
influenciar e de que maneira todos os seus relacionamentos e
expectativas. Os filhos preferem os computadores e os videojogos ao
contacto com os pais, as telenovelas e o futebol dividem os casais e
silenciam as antigas conversas à volta da mesa, o dinheiro - esse
maldito dinheiro - tomou um papel demasiado preponderante nas relações,
onde amar e ser amado já não é só por si suficiente. Tornou-se fácil
magoarmos os nossos sentimentos. É aí que entram os irresistíveis e
perigosos chat's, os messengers, os blogues e os grupos sociais como o
Facebook, o Tagged, o Hi5, a Netlog, o Twitter ou o Orkut dos nossos
irmãos brasileiros. Ninguém conhece verdadeiramente ninguém e aí é que
está toda a atracção e mistério deste mundo paralelo onde cada vez
perdemos mais tempo, gastamos horas em detrimento duma realidade sofrida
ou de um tempo passado em família. Despimo-nos virtualmente em
confidências alimentadas pela solidão e pela fome de esperança. Depois
de meia dúzia de palavras estamos já a contar coisas tão íntimas que
alguma inibição sempre nos impediu de contar aos melhores amigos,
trocamos fotografias quase sempre verdadeiras, números de telefone,
experimentamos o jogo da sedução, há quem seja mais ousado, combine
encontros, faça sexo... virtual. Mas o que procuramos afinal? Um
verdadeiro amigo? Uma maneira apenas de passar o tempo? Um amor ou um
simples flirt? Estaremos a tornarmo-nos a nós próprios em personagens de
um enorme jogo virtual, seremos nós os novos Sims? Estaremos a
substituir a nossa família e amigos por pessoas que não conhecemos, como
os amigos imaginários da nossa infância? Porque desabafamos, por que
nos sentimos tão mais à vontade com estes novos amigos/desconhecidos do
que com aqueles que conhecemos de anos e anos de convivência? Porque
sentimos por vezes como nossas as suas expectativas, carregamos as suas
dores, as suas necessidades, ansiamos por fazer parte das suas vidas,
procurando a palavra Online à frente de um endereço de email? Estará a
vida real a perder protagonismo à medida que as dificuldades económicas e
emocionais aumentam ou será a internet uma concha onde nos escondemos,
um anti-depressivo deste novo século onde a famosa luz ao fundo do túnel
vem agora de uma webcam? Todas as rosas por mais bonitas têm espinhos,
mesmo que algumas não nos façam sangrar a pele. Este mundo novo e cheio
de potencial pode ser tão maravilhoso quanto o uso que lhe dermos, mas
não substituirá nunca a vivência das coisas, dos cheiros. Quem viu "Os Substitutos", protagonizado por Bruce Willis,
sabe que a ficção poderá não estar tão distante da realidade como
poderíamos pensar.
(extraído de A-voz-das-palavras.blogspot.pt)
(extraído de A-voz-das-palavras.blogspot.pt)
LUZES, CÂMERAS, ACÇÃO!
Boas. Eu chamo-me Miguel, tenho quarenta e poucos anos e sou viciado em cinema, de preferência com pipocas. Além de tudo isso, adoro escrever, partilhar, tudo o que me diz algo e que me deixe feliz, apenas por estar lá, naquele preciso instante em que o realizador deste filme a que chamamos de vida bem poderia parar o tempo e gravá-lo na nossa memória. Já não sou um novato nesta coisa dos blogues, se bem que ande meio arredado ultimamente. Escrevi de tudo um pouco mas sentia que precisava de um espaço assim, de mais este desafio onde pudesse partilhar sentimentos, opiniões e simultâneamente colhesse também o que vocês que estão desse outro lado pensam e possam sugerir, porque um blogue não pode nem deve ser um espaço fechado a opiniões, a críticas. Aqui irão saber o que vi e senti, dos meus gostos no que ao cinema mas também séries, actores e realizadores diz respeito. Espero que consiga captar a vossa atenção como um bom filme de suspense e que no final possam como eu dizer que valeu a pena. Sentem-se nos vossos lugares, baixe-se a luz, vai começar o filme!
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