Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

UMA PROVIDÊNCIA CAUTELAR CONTRA NICHOLAS SPARKS


 Basta! Não a mais filmes baseados nos livros de Nicholas Sparks, que nos fazem chorar quase com tanta facilidade como os discursos do ex-ministro Vitor Gaspar e de todos os restantes ex e actuais governantes. Haja paciência e kleenexs em quantidade indústrial para tantas lágrimas.
O Melhor De Mim é mais do mesmo, é revisitar O Diário da Nossa Paixão, A Melodia do Adeus, Um Amor Para Recordar ou As Palavras que Nunca Te Direi em quase duas horas de uma história com a marca de Sparks. No fundo, o romance tantas vezes já visto mas sempre actual a envolver duas pessoas de diferentes classes sociais numa luta contra o mundo e contra a lei das probabilidades, uma história tão banalizada mas que Nicholas Sparks consegue transformar num grande entretenimento cinematográfico, como já nos demonstrou tantas vezes e continua a fazê-lo sem demonstrar qualquer cansaço ou perda das qualidades que o tornaram num grande contador de histórias.


The Best Of Me mostra-nos um amor que não desvanece pela diferença de classes sociais, pelo tempo ou mesmo após a morte física de um dos intervenientes. Cresci a desejar que os amores verdadeiros fossem assim e hoje acredito, o que faz com que filmes como este continuem a deixar-me - confesso-o sem qualquer pejo - com uma lágrima ao canto do olho. Michael Hoffman é o realizador desta bela história, a querer relançar uma carreira que não conhece grandes encómios desde 1996 quando juntou os mediáticos Michelle Pfeiffer e George Clooney em Um Dia Em Grande, contando para isso com um elenco bastante competente a começar por Michelle Monaghan (Olhos de Lince) e James Marsden (X-Men) e ainda Luke Bracey (G.I.Joe) e o magnetismo de Liana Liberato (Se Eu Ficar). Como curiosidade, apenas acrescento que o papel atribuido a James Marsden era originalmente para Paul Walker, o malogrado actor de Velocidade Furiosa. Para quem ainda gosta de se deixar envolver pelas emoções do coração, muitas boas razões para não perder um bom filme.

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