Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.
domingo, 6 de dezembro de 2015
MARILÍA PÊRA - UMA ESTRELA RESPLANDECENTE
Marilía Pêra, um dos grandes nomes do cinema, teatro e televisão do outro lado do atlântico deixou-nos ontem, aos 72 anos, devido a um cancro no pulmão contra o qual lutava há já algum tempo. Marília era um dos nomes incontornáveis da arte e do espectáculo no Brasil ao nível de Fernanda Montenegro ou António Fagundes, só para mencionar os mais conhecidos do grande público, um Monstro na arte da representação que tão depressa nos fazia chorar para depois, logo a seguir nos soltar uma daquelas gargalhadas que nos deixam sem respiração. Conhecida em Portugal sobretudo pelas telenovelas, Marilía presenteou-nos com a sua arte em Brega e Chique, Top Model, Rainha da Sucata ou Os Maias e O Primo Basílio. Outra estrela resplandece e ilumina o firmamento hoje, com a mesma intensidade de luz e força com que viveu.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
O REGRESSO DOS DINOSSAUROS
Jurassic World surge apenas 14 anos após o terceiro título da série, mas o mínimo que se pode dizer deste filme realizado por um quase desconhecido Colin Trevorrow é que valeu a pena a espera, em nada defraudando os seguidores da saga.
Com um elenco onde constam Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e o vilão de serviço Vincent D'onofrio (da série Lei e Ordem) o filme começa com o Parque Temático a ter sérios problemas com quebras de receitas e aumento de despesas a que a sua administração se propõe combater com novos espécies criados em laboratório e genéticamente modificados, maiores e mais perigosos.
Desta forma estão criados os ingredientes de muita acção e adrenalina onde as criaturas se voltam contra os seus criadores e instalam o pânico - uma vez mais, mas nunca demais - entre as pessoas que visitam a ilha.
segunda-feira, 2 de março de 2015
50 ANOS DE MÚSICA NO CORAÇÃO
Quem nunca ouviu falar de Música no Coração? A geração de hoje sorri com algum desdém, mais atentos aos filmes com robôs e grandes cenas de carros, pancadaria e sexo do que aos clássicos de outrora que ajudaram a construir a história do cinema. E a situação piora quando o filme em causa é um músical, género geralmente depreciado pelos cinéfilos fãs de um cinema mais comercial, de um prazer quase imediato que não nos force a pensar muito. Para a geração anterior, daqueles que viveram a sua juventude - como eu - nos saudosos anos 80, o filme que ajudou Julie Andrews a ganhar o seu espaço no firmamento das estrelas imortais do mundo mágico da indústria do cinema, após Mary Poppins é a recordação de muitas histórias que nos foram sendo contadas pelos nossos pais e avós, de todas as vezes que foram ao cinema, das músicas conhecidas de cor e das lágrimas vertidas de cada vez que assistia a uma cena já vista e revista uma, duas, três, cinco vezes e às vezes mais. Música no Coração não é apenas um desfilar de músicas no cenário verdejante e idílico dos alpes onde esperamos a todo o momento ver aparecer o José Figueiras num figurino digno das aventuras da Heidi. O filme realizado por Robert Wise e que comemora hoje 50 anos vai para além da banda sonora, dos Oscares e da sua protagonista. O filme é a história da família Von Trapp e da noviça contratada para governanta durante a ocupação da Austria pelos nazis.
Angela Cartwright com a verdadeira Maria von Trapp em 2009 |
Fotografia tirada por Annie Leibovitz para a Vanity Fair: 50 anos de «Música no Coração» |
sábado, 28 de fevereiro de 2015
DIÁRIO DE BORDO - A ÚLTIMA VIAGEM DE MR. SPOCK
Deixou-nos na passada sexta-feira, aos 83 anos, o inesquecivel Mr. Spock, personagem interpretado por Leonard Nimoy n'O Caminho das Estrelas, vítima de doença pulmonar, fruto de inúmeros anos de tabagismo apesar de ter deixado de fumar há 30 anos. Nimoy, cuja carreira ficará sempre marcada pelo simpático vulcano, participou em 2013 na recente versão da saga, deu a voz a Sentinel Prime em Transformers 3, além de ter participado em vários episódios de várias séries e dado a voz a diversas produções de animação e não só. O seu carisma e do personagem marcaram uma geração e a história da televisão e do cinema têm um lugar que o tempo não irá apagar. Certamente, existe desde sexta-feira mais uma estrela no céu. At´sempre Mr. Spock.
BLADE RUNNER - 34 anos depois
Está confirmada a sequela de Blade Runner, o clássico de ficção científica que juntou Harrison Ford e Rutger Hauer em 1982. Este novo filme, cujas gravações terão início no Verão de 2016 contará uma vez mais com a presença de Harrison Ford, agora com 72 anos e será dirigido pelo canadiano Dennis Villeneuve, enquanto Ridley Scott vai ficar agora pela produção. Entretanto, estreará nos próximos meses Star Wars - O Despertar da Força, também com o protagonista de Indiana Jones.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
NOVIDADES
Às terças-feiras, As Minhas Pipocas vão apresentar uma lista de sugestões sobre alguns filmes recentemente estreados ou quase a estrear e que merecem - na minha opinião - um pouco de atenção e expectativa.
As 50 Sombras de Grey, o filme de que todos falam, ideal para apimentar uma relação a dois
Insidious 3, se não defraudar os dois primeiros, mais um bom filme de terror para quem gosta do género
Terminator: Genisys, muita curiosidade para ver o regresso de uma grande saga e de Arnord Schwarzenegger
The Boy Next Door, Jennifer Lopez num jogo de emoções à imagem de Basta
The Cobbler ou a esperança nem sempre cumprida de ver Adam Sandler numa boa comédia
The Loft, um thriller, 5 homens e uma mulher morta
Insurgent, depois de Divergent a incógnita sobre as sequelas
Black or White, um drama familiar sobre temas importantes para rever Kevin Costner
AND THE OSCAR GOES TO...
- Melhor Filme: «Birdman»
- Melhor Ator Principal: Eddie Redmayne, em «A Teoria de Tudo»
- Melhor Atriz Principal: Julianne Moore, em «Still Alice»
- Melhor Ator Secundário: J. K. Simmons, em «Whiplash - Nos Limites»
- Melhor Atriz Secundária: Patricia Arquette, em «Boyhood»
- Melhor Realizador: Alejandro González Iñárritu, com «Birdman»
- Melhor Argumento Original: «Birdman»
- Melhor Argumento Adaptado: «O Jogo da Imitação»
- Melhor Guarda-Roupa: «O Grande Hotel Budapeste»
- Melhor Caracterização: «O Grande Hotel Budapeste»
- Melhor Filme Estrangeiro: «Ida», da Polónia
- Melhor Curta-Metragem: «The Phone Call», de Mat Kirkby e James Lucas
- Melhor Curta Documental: «Crisis Hotline: Veterans Press 1», de Ellen Goosenberg Kent e Dana Perry
- Melhor Mistura de Som: «Whiplash - Nos Limites»
- Melhor Montagem de Som: «Sniper Americano»
- Melhores Efeitos Especiais: «Interstellar»
- Melhor Curta de Animação: «Feast»
- Melhor Filme de Animação: «Big Hero 6»
- Melhor Direção Artística: «O Grande Hotel Budapeste»
- Melhor Fotografia: «Birdman»
- Melhor Montagem: «Whiplash - Nos Limites»
- Melhor Documentário: «Citizenfour»
- Melhor Música: «Glory», do filme «Selma»
- Melhor Banda Sonora: Alexandre Desplat, de «O Grande Hotel Budapeste»
BRANCO NO PRETO
"Esta noite, receberemos os melhores e mais brancos, uh, quero dizer, os mais inteligentes"
E foi assim que tudo aconteceu, com o habitual frenesim do desfile da red carpet, onde o papel da mulher continua nos Oscars como na vida a não ter o devido relevo, pouco mais do que um objecto decorativo numa perspectiva extremamente sexista e machista que não dá sinais de mudança apesar dos anos decorridos e da evolução das mentalidades desde a idade das cavernas. Nada de relevante ainda na apresentação esforçada mas sem grandes brilhantismos, como não ficou o registo de quaisquer quedas dos nossos actores preferidos. Na retina ficou apenas a polémica sobre a diversidade ou falta da mesma, da descriminação que alegadamente a Academia faz aos negros na indústria do cinema ao não nomear nehum actor ou realizador não branco nesta edição dos Oscares, em que os cerca de 6 mil membros da Academia aproximadamente 93% são brancos, 70% são homens e a média de idades ronda os 63 anos. No entanto e segundo as estatísticas é apenas a segunda vez desde 1998 que os brancos dominam as categorias de interpretação, embora este ano o facto ganhe outra dimensão pelas polémicas que nos últimos meses têm envolvido os Estados Unidos em confrontos de cariz racial ou nem por isso. Não será falta de diversidade, não será racismo ou descriminação, falso moralismo nos dias de hoje quantificar seja o que for, valorizar segundo a cor ou sexo de uma pessoa esquecendo o mais importante, ou sejam, as suas qualidades? Será justo que num governo de um qualquer país tenha de haver um número distinto de homens e mulheres independentemente das suas aptidões, só porque é moralmente justo e fica sempre bem para a opinião pública? Isso não é diversidade, moralmente correcto, é política.
Um bom actor, um bom político, uma boa pessoa não tem cor, sexo nem idade e os prémios como neste caso os Oscares são como os treinadores de futebol sempre críticados pelas suas opções e escolhas porque felizmente em cada um de nós continuam a existir gostos e opiniões diferentes, nem certas nem erradas, apenas diferentes. Concordando ou não resta-nos respeitar, num exercício não apenas feito de coração mas também de cabeça, porque no fundo e como no futebol isto é apenas um jogo de milhões para proveito de uns poucos, apenas um jogo. A vida é, tem de ser muito mais do que 90 minutos, do que uma noite de Oscares.
domingo, 22 de fevereiro de 2015
CURIOSIDADES: SABIA QUE...
Numa altura em que os Oscares já fervem, muitas curiosidades sobre os mesmos estão longe de ser conhecidas do grande publico, mesmo dos maiores cinéfilos. Por exemplo, sabia que...
A actuação mais curta digna de um Oscar pertence a Beatrice Straight que esteve em cena por curtos 5 minutos e 40 segundos no filme Rede de Intrigas (1976). Mais recentemente, também Anthony Hopkins, em 1992 precisou de menos de meia hora para ganhar o principal galardão da Academia, em O Silêncio dos Inocentes, contra a opinião generalizada de que Hopkins deveria ter sido nomeado como actor secundário.
Meryl Streep é recordista de nomeações (18), mas ninguém teve tanto proveito como Katherine Hepburn, que já levou quatro Oscares para casa.
Walt Disney ganhou 26 estatuetas - vinte em vida - , tendo conseguido ainda o feito de ser indicado ao prémio por 22 anos consecutivos.
Em 1972 e 1974, Marlon Brando e Robert DeNiro conseguiram a proeza de ganhar o Oscar de melhor actor ao interpretarem a mesma personagem, Vito Corleone em O Padrinho 1 e 2.
Tatum O'Neal ganhou o Oscar de actriz secundária com Lua de Papel (1973) quando tinha apenas dez anos.
Nunca houve um filme vencedor tão longo como o clássico Guerra e Paz, que em 1968 venceu o prémio para Melhor Filme Estrangeiro com mais de sete horas de duração.
A primeira edição do Academy Awards - que apenas recentemente ganhou o nome de The Oscars - aconteceu em 16 de Maio de 1929 e apenas em 1989 foi alterada a frase "e o vencedor é..." para "e o Oscar vai para..."
Um quase desconhecido Adrien Brody tornou-se o mais jovem a receber o Oscar de Melhor Actor em 2003, quando surgia como o quinto favorito, atrás de Daniel Day-Lewis, Nicolas Cage, Michael Caine e Jack Nicholson.
Hattie McDaniel foi a primeira afro-americana a vencer um Oscar em 1939 por E Tudo O Vento Levou. Durante a cerimónia, a actriz teve de ficar noutra parte da sala, separada dos outros actores.
Em 1973, Marlon Brando venceu o Oscar em O Padrinho, mas recusou o prémio, mandando no seu lugar uma rapariga vestida de india, que no palco frisou o papel da industria cinematográfica que ridicularizava os indios.
Dois impostores receberam já estatuetas douradas, em 1980 um deles disse que era o representante da actriz secundária e outro fingiu ser o realizador hungaro premiado. Os dois Oscares nunca foram recuperados.
A estatueta chama-se Oscar porque a secretária da Academia, Margaret Herrick, quando a viu pela primeira vez, comentou que se parecia com o seu tio Oscar.
Hattie
McDaniel foi a primeira afro-americana a vencer um Oscar, em 1939, pelo
seu papel em “E Tudo o Vento Levou”. Na cerimonia, a actriz teve de
ficar noutra parte da sala, separada dos restantes. - See more at:
http://www.foradecena.com/curiosidades-sobre-os-oscares-parte-1/#sthash.x8YHmlpx.dpuf
Hattie McDaniel foi a primeira afro-americana a vencer um Oscar, em 1939, pelo seu papel em “E Tudo o Vento Levou”. Na cerimonia, a actriz teve de ficar noutra parte da sala, separada dos restantes.
- Em 1973, Marlon Brando ganhou um Oscar como Corleone, no filme “O Padrinho 2″. O actor recusou o prémio e mandou no seu lugar uma rapariga vestida de índia, que no palco frisou o papel da indústria cinematográfica, que ridicularizava os índios.
- Em 1974, um homem de 33 anos, invadiu o palco completamente nu, obtendo a atenção de todos os presentes.
- Dois impostores já receberam estatuetas douradas. Aconteceu em 1980: Um deles disse que era representante da actriz secundária e o outro fingiu ser o realizador húngaro premiado. Os dois prémios nunca mais foram descobertos.
- A estatueta chama-se Oscar porque a secretária da academia, Margaret Herrick, quando a viu pela primeira vez comentou que se parecia com o seu tio Oscar.
- A estatueta têm 34 centímetros de altura, é composta na sua maior parte por estanho coberto a ouro de 14 quilates, pesando cerca de quatro quilos. Já foram distribuídas mais de 2700 estatuetas.
- A Walt Disney detém o número mais elevado de Óscares ganhos a nível individual. Com 20 Óscares recebidos pessoalmente e com 6 recebidos após a sua morte.
- O filme “Titanic” detém o recorde de mais nomeações. Em 17 nomeações conseguiu ganhar 14 estatuetas.
- Vivien Leigh vendeu o seu Óscar por 562 mil dólares quando, na verdade os vencedores se comprometem a nunca fazer fazer tal coisa.
- O compositor John Williams detém o recorde de 45 nomeações por trabalhos como “O Tubarão” (1975), o incrível “A Guerra das Estrelas” (1977) e “A Lista de Schindler” (1993).
- Marilyn Monroe foi um ícone da moda e de uma geração, nunca foi nomeada para um Óscar e como tal, nunca ganhou um prémio dourado.
- O nome do Teatro Kodak, apesar de continuar bem vísivel na sua fachada, não é usado este ano pela produção devido à falência da Kodak. No seu lugar usa-se a designação Hollywood&Highland Center, nome do centro comercial onde o teatro fica localizado.
- Os fãs que costumam gritar pelos seus artistas favoritos mesmo à porta do local da cerimónia tiveram que se inscrever seis meses antes para obter um lugar nos espaços preparados pela organização. É que desde o 11 de setembro são proibidos os acampamentos para o obter o melhor lugar. Este ano só há lugar para 500 fãs.- See more at: http://www.foradecena.com/curiosidades-sobre-os-oscares-parte-1/#sthash.x8YHmlpx.dpuf
Hattie McDaniel foi a primeira afro-americana a vencer um Oscar, em 1939, pelo seu papel em “E Tudo o Vento Levou”. Na cerimonia, a actriz teve de ficar noutra parte da sala, separada dos restantes.
- Em 1973, Marlon Brando ganhou um Oscar como Corleone, no filme “O Padrinho 2″. O actor recusou o prémio e mandou no seu lugar uma rapariga vestida de índia, que no palco frisou o papel da indústria cinematográfica, que ridicularizava os índios.
- Em 1974, um homem de 33 anos, invadiu o palco completamente nu, obtendo a atenção de todos os presentes.
- Dois impostores já receberam estatuetas douradas. Aconteceu em 1980: Um deles disse que era representante da actriz secundária e o outro fingiu ser o realizador húngaro premiado. Os dois prémios nunca mais foram descobertos.
- A estatueta chama-se Oscar porque a secretária da academia, Margaret Herrick, quando a viu pela primeira vez comentou que se parecia com o seu tio Oscar.
- A estatueta têm 34 centímetros de altura, é composta na sua maior parte por estanho coberto a ouro de 14 quilates, pesando cerca de quatro quilos. Já foram distribuídas mais de 2700 estatuetas.
- A Walt Disney detém o número mais elevado de Óscares ganhos a nível individual. Com 20 Óscares recebidos pessoalmente e com 6 recebidos após a sua morte.
- O filme “Titanic” detém o recorde de mais nomeações. Em 17 nomeações conseguiu ganhar 14 estatuetas.
- Vivien Leigh vendeu o seu Óscar por 562 mil dólares quando, na verdade os vencedores se comprometem a nunca fazer fazer tal coisa.
- O compositor John Williams detém o recorde de 45 nomeações por trabalhos como “O Tubarão” (1975), o incrível “A Guerra das Estrelas” (1977) e “A Lista de Schindler” (1993).
- Marilyn Monroe foi um ícone da moda e de uma geração, nunca foi nomeada para um Óscar e como tal, nunca ganhou um prémio dourado.
- O nome do Teatro Kodak, apesar de continuar bem vísivel na sua fachada, não é usado este ano pela produção devido à falência da Kodak. No seu lugar usa-se a designação Hollywood&Highland Center, nome do centro comercial onde o teatro fica localizado.
- Os fãs que costumam gritar pelos seus artistas favoritos mesmo à porta do local da cerimónia tiveram que se inscrever seis meses antes para obter um lugar nos espaços preparados pela organização. É que desde o 11 de setembro são proibidos os acampamentos para o obter o melhor lugar. Este ano só há lugar para 500 fãs.- See more at: http://www.foradecena.com/curiosidades-sobre-os-oscares-parte-1/#sthash.x8YHmlpx.dpuf
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
O QUE GANHAM AQUELES QUE NÃO GANHAM?
Entre tantos candidatos, apenas um número reduzido irá ganhar os Oscares para os quais estão nomeados e assim ganhar maior protagonismo e provavelmente aumentar os seus cachets para os filmes que se seguirão. Quer isto dizer que os outros, os derrotados, sairão de cena sem qualquer mediatismo, sem qualquer outro proveito que não o prazer de participar? Engana-se quem julga assim. Já alguma vez perdeu uns minutos para pensar no que ganham aqueles que perdem? Ora segundo o site da Sapo.pt e apesar da Academia já ter tentado terminar com a prática, os "derrotados" continuam a receber prendas na manhã seguinte à cerimónia. Assim, no ano passado as ofertas incluíam comprimidos para perder peso, um sistema robótico de transplante capilar e "The orgasm shot", um procedimento que, alegadamente, rejuvenescia e melhorava o tecido genital de uma mulher. Surpresos? Mas não ficamos por aqui e este ano, além de vários produtos de beleza para a pele e outros acessórios de luxo habituais nestas bolsas de brindes, temos ainda:
- uma estadia de três noites num resort na Toscana (Itália), avaliado em 1320 euros;
- uma luxuosa viagem de comboio pelas Montanhas Rochosas do Canadá no valor de mais de 12.700 euros;
- sais naturais franceses do Mediterrâneo (1300 euros);
- um colar de prata personalizado com a inscrição das coordenadas de latitude e longitude do Dolby Theater (onde se realiza a cerimónia) (132 euros);
- uma viagem de campismo de luxo (11 mil euros);
- um vale para doces personalizados e buffet de sobremesas (705 euros);
- um vaporizador Haze (220 euros);
- um vibrador Afterglow (220 euros);
- um «gift pack» da Wellness 360 (1058 euros)
- o aluguer durante um ano do Audi A4 da Silvercar (mais de 17.600 euros);
- um pacote de lifestyler «Reset Yourself» (mais de 12500 euros);
- um vale para que Olessia Kantor, fundadora da Enigma Life, voe para encontrar cada nomeado «para discutir o seu horóscopo de 2015, analisar sonhos e ensinar-lhe técnicas de controlo da mente» (mais de 17.600 euros).
- sais naturais franceses do Mediterrâneo (1300 euros);
- um colar de prata personalizado com a inscrição das coordenadas de latitude e longitude do Dolby Theater (onde se realiza a cerimónia) (132 euros);
- uma viagem de campismo de luxo (11 mil euros);
- um vale para doces personalizados e buffet de sobremesas (705 euros);
- um vaporizador Haze (220 euros);
- um vibrador Afterglow (220 euros);
- um «gift pack» da Wellness 360 (1058 euros)
- o aluguer durante um ano do Audi A4 da Silvercar (mais de 17.600 euros);
- um pacote de lifestyler «Reset Yourself» (mais de 12500 euros);
- um vale para que Olessia Kantor, fundadora da Enigma Life, voe para encontrar cada nomeado «para discutir o seu horóscopo de 2015, analisar sonhos e ensinar-lhe técnicas de controlo da mente» (mais de 17.600 euros).
Estas prendas não são endossadas pelas Academia e desde
2006 os nomeados têm de pagar impostos sobre elas. O conjunto deste ano,
que envolve 59 marcas, foi avaliado em 110 mil euros.
De queixo caído e a boca aberta de espanto, prometo que vou pensar bastante da próxima vez que tiver que falar dos derrotados. E você?
E só a jeito de adenda, sabe qual o país que mais vezes apresentou filmes à competição sem que daí resultasse qualquer nomeação? Uma adivinha? Pois claro, também nesta lista pouco abonatória, Portugal aparece à frente. Pela 31ª vez, o filme - ou filmes - representantes nacionais à cerimónia não conseguirão a nomeação. Imaginem o azar! É que nem "derrotados" somos porque nem sequer lá chegamos. Atrás de nós Roménia e Egipto (30), Coreia do Sul (?!), Filipinas e Bulgária com 26. Dá que pensar!
OSCARS : DEPOIS DA SELFIE
É já na madrugada de domingo que Neil Patrick Harris, o actor de How I Meet Your Mother vai apresentar a 87ª cerimónia de entrega dos Óscars de Hollywood, o que, só por si já o deixa nervoso por suceder a Ellen DeGeneres: "Como é que eu bato uma selfie que arrasou com a internet?", perguntou Harris. Até lá e aqui pelas Pipocas, iremos divulgar algumas curiosidades e opiniões sobre mais uma festa do cinema em que salta à vista o regresso de Michael Keaton aos grandes palcos com Birdman, um dos grandes avoritos da noite em que os candidatos das principais categorias são:
MELHOR FILME
«Sniper Americano»
«Birdman»
«Boyhood»
«O Grande Hotel Budapeste»
«O Jogo da Imitação»
«Selma»
«A Teoria de Tudo»
«Whiplash - Nos Limites»
MELHOR REALIZADOR
Alejandor Gonzalez Iñárritu («Birdman»)
Richard Linklater («Boyhood»)
Bennett Miller («Foxcatcher»)
Wes Anderson («O Grande Hotel Budapeste»)
Morten Tyldum («O Jogo da Imitação»)
«Sniper Americano»
«Birdman»
«Boyhood»
«O Grande Hotel Budapeste»
«O Jogo da Imitação»
«Selma»
«A Teoria de Tudo»
«Whiplash - Nos Limites»
MELHOR REALIZADOR
Alejandor Gonzalez Iñárritu («Birdman»)
Richard Linklater («Boyhood»)
Bennett Miller («Foxcatcher»)
Wes Anderson («O Grande Hotel Budapeste»)
Morten Tyldum («O Jogo da Imitação»)
MELHOR ATOR PRINCIPAL
Steve Carell, «Foxcatcher»
Bradley Cooper, «Sniper Americano»
Eddie Redmayne, «A Teoria de Tudo»
Benedict Cumberbatch, «O Jogo da Imitação»
Michael Keaton, «Birdman»
Steve Carell, «Foxcatcher»
Bradley Cooper, «Sniper Americano»
Eddie Redmayne, «A Teoria de Tudo»
Benedict Cumberbatch, «O Jogo da Imitação»
Michael Keaton, «Birdman»
MELHOR ATOR SECUNDÁRIO
Robert Duvall, «The Judge»
Ethan Hawke, «Boyhood»
Edward Norton, «Birdman»
Mark Rufallo, «Foxcatcher»
J.K.Simmons, «Whiplash - Nos Limites»
Robert Duvall, «The Judge»
Ethan Hawke, «Boyhood»
Edward Norton, «Birdman»
Mark Rufallo, «Foxcatcher»
J.K.Simmons, «Whiplash - Nos Limites»
MELHOR ATRIZ PRINCIPAL
Marion Cotillard, «Dois Dias, Uma Noite»
Julianne Moore, «Still Alice»
Rosamund Pike, «Em Parte Incerta»
Felicity Jones, «A Teoria de Tudo»
Reese Whiterspoon, «Wild»
Marion Cotillard, «Dois Dias, Uma Noite»
Julianne Moore, «Still Alice»
Rosamund Pike, «Em Parte Incerta»
Felicity Jones, «A Teoria de Tudo»
Reese Whiterspoon, «Wild»
MELHOR ATRIZ SECUNDÁRIA
Patricia Arquette, «Boyhood»
Laura Dern, «Wild»
Keira Knightley, «O Jogo da Imitação»
Meryl Streep, «Caminhos da Floresta»
Emma Stone, «Birdman»
Patricia Arquette, «Boyhood»
Laura Dern, «Wild»
Keira Knightley, «O Jogo da Imitação»
Meryl Streep, «Caminhos da Floresta»
Emma Stone, «Birdman»
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
«Big Hero 6»
«Os Monstros das Caixas»
«Como Treinares o Teu Dragão 2»
«Song of the Sea»
«The Tale of the Princess Kaguya»
«Big Hero 6»
«Os Monstros das Caixas»
«Como Treinares o Teu Dragão 2»
«Song of the Sea»
«The Tale of the Princess Kaguya»
MELHOR MÚSICA
«Everything is Awesome», «O Filme Lego»
«Glory», «Selma»
«Grateful», «Beyond the Lights»
«I’m Not Gonna Miss You», «Glen Campbell…I’ll Be Me»
«Lost Stars», «Begin Again»
«Everything is Awesome», «O Filme Lego»
«Glory», «Selma»
«Grateful», «Beyond the Lights»
«I’m Not Gonna Miss You», «Glen Campbell…I’ll Be Me»
«Lost Stars», «Begin Again»
terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
FILMES DA MINHA VIDA
Não são muitos os filmes que se podem gabar de ter tantas adaptações como O Monte dos Vendavais, obra baseada no romance intemporal de Emily Bronte e que tem sido adaptado para o cinema desde 1920, tendo ganho mais projecção no longínquo ano de 1939 quando William Wyler dirigiu Laurence Olivier numa complexa teia de emoções que ainda hoje nos prende ao ecrã e não deixa ninguém indiferente . O papel de um protagonista longe do estereotipo do herói clássico, longe de agradar a gregos e troianos como soi dizer-se, foi ainda interpretado por Timothy Dalton - mais tarde um dos mais memoráveis e injustiçados 007s -, mas terá sido pela mão de Ralph Fiennes, para mim, a versão mais conseguida de uma das mais belas histórias de amor cinematográficas de que tenho memória.
Com as paisagens agrestes e ao mesmo tempo melancolicas de Yorkshire e uma banda sonora que nos envolve com enorme densidade, um convincente e brilhante Fiennes protagoniza uma química invulgarmente arrebatadora com uma das mais magnetizantes e mais competentes actrizes do cinema francês, Juliette Binoche. Os dois dão vida aos amantes amaldiçoados Heathcliff e Cathy, nesta realização de Peter Kosminsky sobre um amor tão demoníaco como obsessivo, com uma intensidade tal que é capaz de destruir tudo em que toca, uma relação amor/ódio que não raramente termina em tragédia, mas que nos eleva e nos consome, nos faz viver uma eternidade num segundo ou pouco mais.
Com as paisagens agrestes e ao mesmo tempo melancolicas de Yorkshire e uma banda sonora que nos envolve com enorme densidade, um convincente e brilhante Fiennes protagoniza uma química invulgarmente arrebatadora com uma das mais magnetizantes e mais competentes actrizes do cinema francês, Juliette Binoche. Os dois dão vida aos amantes amaldiçoados Heathcliff e Cathy, nesta realização de Peter Kosminsky sobre um amor tão demoníaco como obsessivo, com uma intensidade tal que é capaz de destruir tudo em que toca, uma relação amor/ódio que não raramente termina em tragédia, mas que nos eleva e nos consome, nos faz viver uma eternidade num segundo ou pouco mais.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
UMA PROVIDÊNCIA CAUTELAR CONTRA NICHOLAS SPARKS
Basta! Não a mais filmes baseados nos livros de Nicholas Sparks, que nos fazem chorar quase com tanta facilidade como os discursos do ex-ministro Vitor Gaspar e de todos os restantes ex e actuais governantes. Haja paciência e kleenexs em quantidade indústrial para tantas lágrimas.
O Melhor De Mim é mais do mesmo, é revisitar O Diário da Nossa Paixão, A Melodia do Adeus, Um Amor Para Recordar ou As Palavras que Nunca Te Direi em quase duas horas de uma história com a marca de Sparks. No fundo, o romance tantas vezes já visto mas sempre actual a envolver duas pessoas de diferentes classes sociais numa luta contra o mundo e contra a lei das probabilidades, uma história tão banalizada mas que Nicholas Sparks consegue transformar num grande entretenimento cinematográfico, como já nos demonstrou tantas vezes e continua a fazê-lo sem demonstrar qualquer cansaço ou perda das qualidades que o tornaram num grande contador de histórias.
The Best Of Me mostra-nos um amor que não desvanece pela diferença de classes sociais, pelo tempo ou mesmo após a morte física de um dos intervenientes. Cresci a desejar que os amores verdadeiros fossem assim e hoje acredito, o que faz com que filmes como este continuem a deixar-me - confesso-o sem qualquer pejo - com uma lágrima ao canto do olho. Michael Hoffman é o realizador desta bela história, a querer relançar uma carreira que não conhece grandes encómios desde 1996 quando juntou os mediáticos Michelle Pfeiffer e George Clooney em Um Dia Em Grande, contando para isso com um elenco bastante competente a começar por Michelle Monaghan (Olhos de Lince) e James Marsden (X-Men) e ainda Luke Bracey (G.I.Joe) e o magnetismo de Liana Liberato (Se Eu Ficar). Como curiosidade, apenas acrescento que o papel atribuido a James Marsden era originalmente para Paul Walker, o malogrado actor de Velocidade Furiosa. Para quem ainda gosta de se deixar envolver pelas emoções do coração, muitas boas razões para não perder um bom filme.
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