Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

MAY ALL YOUR DREAMS COME TRUE

As Minhas Pipocas Davam Um Filme desejam a todos os visitantes e amigos um Feliz Natal e um próspero Ano Novo, cheio de paz e amor, saúde e prosperidade, se possível com pipocas e muitos, muitos filmes. Vejam ficção, mas não só. Façam os vossos filmes, transformem os vossos sonhos em realidade, saiam do lado errado da janela e pulem para a vida, vivam, existam, sejam felizes, ousem!

sábado, 15 de dezembro de 2012

SE EU FOSSE VOCÊ


"Se Eu Fosse Você" é a história de um casal que, de um momento para o outro se vê um no corpo do outro, com todas as peripécias que daí advém, e já tantas vezes exploradas em outros filmes. Porém, sem pretender ser mais do que é - uma comédia familiar -, este filme conta com excelentes interpretações desses dois "monstros" do cinema brasileiro, Glória Pires e Tony Ramos, além de um vasto leque de outros actores bem conhecidos das telenovelas do outro lado do Atlântico. Infelizmente sem edição portuguesa, este filme é bem melhor do que muitas comédias que nos chegam às salas de cinema e aos clubes de vídeo. Divertimento garantido, com particular incidência para uma cena memorável de Tony Ramos na piscina. Este filme - já com continuação - é um exemplo perfeito do que de bom se faz no Brasil no que se refere à sétima arte.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

FILMES QUE ME FAZEM LEMBRAR... O NATAL

 Dezembro já aí está, a lembrar-nos de prendas e doces, de família e sorrisos de crianças, de luzes de várias cores, pinheiros e dinheiro para gastar, mas também de filmes. As minhas memórias de Natal também há filmes, daqueles com que as nossas televisões insistem em brindar-nos quase até à exaustão, ano após ano, Natal atrás de Natal, e que de uma forma ou de outra passam a fazer parte das nossas lembranças mais doces. Estes são alguns desses filmes que fazem parte da história do Natal de muitos de nós.

Em 2003, Love Actually mostrava-nos um enredo feito de várias histórias em torno do Natal e de emoções como amor e amizade, com Hugh Grant e a nossa Lucia Moniz num elenco bem conhecido. Um filme agradável com uma daqueles cenas que há-de perdurar na minha memória cinematográfica, de um amor tão intenso capaz de desejar que o objecto do nosso amor seja feliz com outra pessoa que não nós mesmos.
Sozinho em Casa arrancou-nos várias gargalhadas em 1990 e 1992 nos dois primeiros filmes desta saga protagonizados por um Macaulay Culkin esquecido por uma família bem desorganizada, à mercê de uma dupla de assaltantes de casas, mais divertidos do que realmente perigosos. Dois filmes que ainda hoje rimam com sorrisos e boa disposição.
Também em 1990, Tim Burton brindava-nos com aquele que ainda hoje considero um dos seus melhores trabalhos, com Eduardo Mãos de Tesoura, um filme mágico, com Johnny Depp e Winona Ryder, que fala sobre valores capazes de vencer a descriminação sobre o que nos é diferente ou desconhecido. Um Frankenstein dos tempos modernos, meio homem, meio máquina, capaz de sentimentos humanos.
Dois anos antes, John McClane surgia-nos pela primeira vez em Die Hard, um dos personagens mais emblemáticos da carreira de Bruce Willis, como um polícia de Nova Iorque sempre a arranjar problemas com os mais perigosos terroristas em época de Natal.
A mais antiga das minhas recordações cinematográficas de Natal, vem pela mão de Frank Capra, com James Stewart em Do Céu Caiu Uma Estrela, como alguém que depois de atingir o fundo do poço recupera a esperança e a fé num filme sobre valores, muito comovente.
Por último, o divertidissimo Gremlins, o filme de Joe Dante que nos traz um simpático Mogwai, criatura que se em contacto com água, exposto a luz forte ou alimentado depois da meia-noite se transforma e multiplica em perigosos Gremlins. O filme teve direito a continuação em 1990.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

SCOTT PILGRIM

Scott Pilgrim Contra o Mundo não era daqueles filmes que me chamava a atenção, pelo que foi com uma boa margem de risco que me decidi a vê-lo. Realizado em 2010 por Edgar Wright (Hot Fuzz e Grindhouse), o filme é baseado numa banda desenhada criada por Bryan O'Malley e conta no seu elenco com um grupo de jovens actores ainda a dar os primeiros passos no meio cinematográfico, como Michael Cera (Juno) ou Mary Elizabeth Winstead (Die Hard 4.0), além do eterno irmão de Macaulay  Culkin, Kieran, aqui no papel de companheiro de quarto gay de Scott. A história gira em torno do personagem de Scott Pilgrim, que integra uma banda quase desconhecida de Toronto e que se apaixona por Ramona Flowers, uma estranha rapariga americana cujo cabelo muda várias vezes de cor ao longo do filme. Como se não bastasse o improvável romance entre duas pessoas tão diferentes, Scott tem ainda de enfrentar os ex-namorados de Ramona (7), em duelos até à morte e sempre ao ritmo alucinante de um jogo de computador. Longe de ser um filme memorável, Scott Pilgrim é um bom entretenimento com excelentes momentos de humor, especialmente até ao início dos já referidos combates, altura em que o filme começa a ser um pouco fastidioso, não conseguindo na minha opinião concretizar as boas expectativas criadas até essa altura.

ENTRELAÇADOS

,Entrelaçados, filme da Walt Disney Pictures, de 2010, conta a história de Flynn Rider - o bandido mais procurado do reino -, que na sua fuga depois de um audacioso golpe acaba por se refugiar na torre de Rapunzel, uma jovem com longoooooooooooosssss cabelos loiros e com o forte desejo de conhecer o mundo para lá daquela torre onde sempre viveu. Ao deparar com Flynn, Rapunzel vê nele a oportunidade para concretizar enfim o seu sonho, dando início a uma aventura cheia de novas descobertas, muita emoção e imensas situações perigosas, sempre na companhia de um super-divertido camaleão e dum corajoso cavalo-policial. A história, ao bom estilo que a Disney sempre nos habituou, com princesas encantadoras e vilões sem escrúpulos fala sobre liberdade, abnegação e de bens mais preciosos que o dinheiro ou jóias, como os cabelos de Rapunzel, que têm o dom de curar feridas ou devolver a juventude e do egoísmo de quem os procura e os quer só para si, esquecendo-se que as verdadeiras riquezas da vida têm mais valor quando partilhadas. Um excelente filme de animação, ao melhor nível do que tem sido feito nos últimos anos.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O RAPAZ DO PIJAMA ÀS RISCAS


Quatro anos, foi o tempo que me levou a arranjar uma desculpa para ver um filme que, ao contrário das minhas expectativas não é uma enfadonha perda de tempo, antes pelo contrário. Há filmes assim, que nos induzem ideias pré-concebidas que mais tarde se vêem confirmadas ou desmentidas. Estava absolutamente enganado no caso deste filme de 2008 que conta a história de um menino de 8 anos, cuja promoção de seu pai, um oficial alemão, o leva a abandonar uma relativamente tranquila Berlim e os seus amigos de brincadeiras para uma região despovoada e bastante monótona para uma criança de tão pouca idade, e onde o seu único entretenimento acaba por ser o convívio com um outro menino, recluso num campo de concentração.


 Realizado por Mark Herman, o filme conta com interpretações interessantes de actores que não são propriamente desconhecidos como Vera Farmiga ou David Thewlis e dos jovens Asa Butterfield e Jack Scanlon. Em pouco mais de hora e meia seguimos, através do nosso protagonista, o retrato de uma época negra da nossa história numa visão inocente, quase cómica se não fosse tão séria e bárbara, que nos leva por vezes a 1978, quando estreou a série Holocausto, com James Woods e Meryl Streep nos principais papéis. É importante nunca esquecer, embora doloroso de relembrar esses tempos - por vezes actuais - em que as pessoas eram tratadas como animais apenas e só por terem supostamente nascido com uma raça ou cores supostamente erradas. Existe muita gente que ainda pensa assim, pasme-se! O lado cómico ou trágico é quando o filme nos leva a inverter os papéis e as nossas mentalidades transfiguram-se como do dia para a noite, tão frágeis são as nossas convicções do que é certo e do que é errado, bastando para isso trocar de posição da presa para o caçador ou vice-versa. Um excelente filme, dos melhores a que assisti nos últimos tempos.

QUANDO É DIFÍCIL SER HOMEM

After the Promise (Quando é difícil ser homem) é um filme de 1987, realizado por David Greene e protagonizado por Mark Harmon, que conta a história de um homem que fica viúvo e que de um momento para o outro tem de começar uma luta sem tréguas contra o sistema judicial americano, quando a segurança social lhe retira a guarda dos seus quatro filhos ainda pequenos. Já bastante antigo, este é um daqueles filmes que conotamos como dramas lamechas - e até poderá ser o caso - mas que nos prende ao ecrã, revoltados com as adversidades com que o humilde carpinteiro se vai deparando e que, ao invés de o aproximarem dos seus filhos o vai atirando para um poço profundo do qual parece ser impossível sair, não fossem os laços que unem pais a filhos. Não é complicado transpor a história do filme aos nossos dias, nos quais sabemos que as injustiças continuam a suceder bastante mais vezes do que deviam, não só nos filhos arrancados aos pais, como ainda nos casos de atribuir a guarda dos mesmos a um dos elementos do casal, mãe ou pai, onde nem sempre impera o bom senso e o bem-estar da criança. Não é também utópico imaginarmos nos nossos dias os maus tratos que os jovens vão sofrendo em instituições que, de caridade pouco têm, colocando acima de tudo os interesses económicos àqueles que originariamente se propunham, de constituir lares de apoio a crianças abandonadas ou em risco de exclusão social, paredes meias com uma marginalidade quase irreversível, mais do que apenas iminente. Conseguirá este pai superar as suas próprias dificuldades, encontrar um rumo para a sua vida e ainda por cima resgatar os filhos a um destino que se afigura mais do que provável, quase certo, de um final trágico? Um excelente filme, intenso, dentro de um género sem sempre valorizado.