Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.

terça-feira, 5 de julho de 2016

O AMANTE: UM AMOR PROIBIDO

O Amante conta-nos a história de uma francesa nascida na Indochina, cuja família tem problemas económicos e que inicia uma relação proibida com um abastado chinês praticamente com o dobro da idade dela. Este filme de 1992, realizado por Jean-Jacques Annaud e protagonizado pela britânica Jane March e Tony Leung, catapultou o par deste drama erótico ao nível dos melhores do género para uma carreira de algum relevo, especialmente Tony Leung, tornando-o numa das principais referências do cinema asiático. Já a belíssima Jane March não se libertou de uma certa colagem ao estereotipo da mulher frágil e sensual da personagem de Annaud, como o comprovam A Cor da Noite e Tarzan and The Lost City. De qualquer das formas O Amante é, em minha opinião um filme intenso e imperdivel para quem gosta de cinema, com uma excelente fotografia e especialmente uma história de amor para ver com atenção a atenção que as grandes obras merecem. 





ATÉ JÁ, AGOSTINHO!

O "Agostinho", popular personagem criada por Camilo de Oliveira em que fazia parceria com Ivone Silva, já não está entre nós. O actor, com inumeros trabalhos na televisão, teatro e cinema faleceu no recente dia dois de Julho, vítima de cancro na próstata e intestinos. Camilo, cuja carreira se confunde especialmente nos últimos 20, 30 anos com o que de melhor se fez na comédia em Portugal, a par de nomes como Raul Solnado, Nicolau Breyner ou Herman José será sempre recordado pelo seu estilo e personalidade afáveis, pelo ar um pouco travesso e pelo seu profissionalismo que, gostasse-se ou não do homem e do artista, o guindou ao mesmo patamar que eles, onde só os imortais chegam. É assim a sua obra, será sempre assim Camilo, imortal na memória de todos quantos tiveram o privilégio de acompanhar o seu trabalho e a sua vida. Obrigado por tudo e nunca por nunca um adeus, mas um até já, ao homem que estará neste momento - onde quer que esteja - a fazer rir e a trazer boa disposição, porque Camilo é disso sinónimo, de boa disposição.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

LUZES, CÂMERA, ACÇÃO!

Para inaugurar este espaço das segundas-feiras dedicado a quem está do outro lado das câmeras, não o podia fazer sem escolher o sul-coreano Jae-young Kwak, responsável entre outros por My Sassy Girl, The Classic ou Sempre Ao Teu Lado, nomes que marcaram o boom do cinema asiático em geral e que está de regresso ao cinema após quase oito anos sem filmar. Nascido em 1959 Jae-Young Kwak mostrou ao ocidente que o cinema asiático não é apenas terror, presenteando-nos com clássicos que nos prendem ao ecrã, capazes de conjugar acção, drama, romance ou comédia no mesmo filme, criando personagens inesquecíveis, construindo sonhos, aliás, o grande propósito da sétima arte.

domingo, 3 de julho de 2016

CURIOSIDADES


 Sabia que... as gotas de água em Serenata à Chuva foram misturadas com leite para que aparecessem melhor no filme?

Sabia que... o sangue na inesquecível cena do chuveiro em Psico foi feito com chocolate líquido?

O ADEUS A UM BRUTO DOCE


Deixou-nos no passado dia 27 de Junho o actor italiano Bud Spencer, nome artistico de Carlo Pedersoli, vítima de uma pneumonia aos 86 anos. Voltar a ouvir falar de Bud Spencer avivou-me as mais remotas memórias da juventude, quando comecei pela primeira vez a ir ao cinema para assistir a quase todos os seus filmes, em que ele contracenava como único protagonista ou na famosa dupla com Terence Hill. Juntos entraram em mais de 20 filmes que marcaram a história não apenas do cinema como também a minha estreia nas salas de cinema da Incrível ou da Academia Almadense, onde nos intervalos bebia o saudoso pirolito. Ao reler um pouco sobre a carreira deste calmeirão, personagem dura e ao mesmo tempo doce que nos prendia ao ecrã, fiquei a saber que o início da sua carreira ficou marcado pela natação, onde chegou a participar nos jogos olímpicos de 1951 e 1956, sendo ainda campeão italiano de polo aquático pela lázio, antes de se dedicar à sétima arte. O adeus de um actor que enchia literalmente o ecrã, mas também um ídolo de várias gerações cuja memória perdura até hoje.