Entre o riso e o choro, o drama da vida ou a comédia a cores ou a preto e branco. A verdade escondida que nos faz pensar e crescer, meras coincidências que nos dizem tanto ou quase nada, momentos bem passados de preferência partilhados, numa boa companhia e num pacote de pipocas.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
CAMINHOS PERIGOSOS - Um cocktail explosivo
Ao princípio era Eva e Adão. Ele, uma espécie de sir Galahad com o ego inflamado pelo sucesso. Ela, qual donzela desprotegida, lobo em pele de cordeiro, daquelas a quem fazemos constantemente promessas vãs enquanto aproveitamos para confortar num abraço ou mais as suas curvas sinuosas moldadas por pouca roupa ou nenhuma. Caminhos perigosos quando se juntam, ingenuídade e malícia, um daqueles cocktails capazes de transformar um super-herói num farrapo inútil, uma marioneta balançando às cegas num jogo de sombras do gato e do rato onde nem tudo o que parece é e o rei e a raínha se movem num tabuleiro minado de peões dúbios. O sexo no enredo como na vida surge como um meio, algo insídioso travestido de amor mas tão despido de sentimentos como Embeth Davidtz de roupa quando se apanha "desprevenida" nos braços de Branagh, um meio, nunca um fim, que esse foi, é e será sempre o vil metal, a riqueza que nos poe acima das necessidades e nos traz o poder, o patamar acima da maioria dos mortais. O mestre Grisham (O Juri, Tempo de Matar, O Cliente, Dossier Pelicano ou A Firma) conseguiu juntar um naipe de excelentes trunfos como Kenneth Branagh, Embeth Davidtz, Robert Downey Jr, Daryl Hannah, Tom Berenger, Robert Duval ou Famke Janssen, manipulando-os a seu bel-prazer, quer atraíndo o espectador como confundindo-o no minuto seguinte onde Grisham é exímio.
sábado, 18 de outubro de 2014
GHOST - IN YOUR ARMS AGAIN
4 anos depois do seu lançamento, só agora consegui encontrar as legendas para esta versão conjunta entre o Japão e a Coreia do Sul do famoso filme que permitiu a Patrick Swayze, Demi Moore e Whoopi Goldberg enternecerem muitos corações em 1990, ao som de Unchained Melody. Nesta versão de Tarô Ohtani, é o personagem femínino que, após um assalto, acaba por morrer e tornar-se um fantasma, ao contrário da versão original de Jerry Zucker. De resto, uma história com vários pontos de contacto, com a mesma capacidade de tocar os nossos corações, especialmente devido às excelentes actuações de Nanako Matsushima (Ring-A maldição) e Seung-heon Song (So Close). Aliás, em minha opinião, o filme em nada fica a perder com o seu antecessor, excepto num pormenor: Kirin Kiki não é Whoopi Goldberg, por muito que Kirin se esforce. Realce para a pequena Mana Ashida, excelente no papel de fantasma que ensina a personagem de Nanako Matsushima a controlar os objectos. Um belíssimo filme, uma excelente oportunidade para rever uma história que ficará para sempre na nossa memória.
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